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Você sabe o que é Infecção do Trato Urinário (ITU)?

Por:
Dra. Juliana Gomes Matielli

O sistema urinário normal é composto por 2 rins, 2 ureteres, bexiga e uretra.

A infecção do trato urinário (ITU) acontece quando há o crescimento significativo de microrganismos (especialmente bactérias) no trato urinário.

Até o 1º ano de vida essa doença tem maior prevalência nos meninos, e a partir de então é mais comum no sexo feminino.

Outros fatores de risco conhecidos são: 1) mãe que apresentou ITU na gestação ou no parto, 2), crianças brancas, 3) lactentes que receberam aleitamento artificial, 4) padrão retentor miccional (criança que segura propositalmente a urina), 5) constipação, 6) uso frequente de antibiótico e 7) malformações do trato urinário.

Como acontece a ITU?

Em condições normais as vias urinárias são estéreis, exceto a uretra terminal (em contato com o meio externo) que é contaminada pela flora intestinal/genitália.

Em alguns casos, a flora intestinal atinge a região perianal e periuretral, até chegar às vias urinárias, facilitadas por meio de mecanismos de virulência das bactérias e/ou malformações do trato urinário.

Em outras situações, as bactérias chegam a partir do sangue e atingem o rim, permitido pela intensa vascularização renal. Esse caso é mais comum em recém-nascidos e quando há malformações do trato urinário.

Já a via linfática é rara e se dá através das conexões dos vasos linfáticos intestinal e dos rins.

Cada episódio de infecção do trato urinário pode causar cicatriz renal, conferindo maior risco de hipertensão arterial sistêmica na vida adulta, principalmente na gestação, além de poder comprometer a função renal e causar doença renal crônica futura.

Quais os sintomas da ITU?

Depende do local do sistema urinário em que houve o crescimento dos microrganismos são assim classificadas:

– Pielonefrite: quando a infecção atinge os rins e ureteres. Em geral a criança tem febre, comprometimento do estado geral, dor nas regiões lombar ou abdominal, mal-estar, náuseas, vômitos e pode ter diarreia.

– Em recém-nascidos o quadro tende a ser mais grave e os sintomas em geral são inespecíficos, como dificuldade em ganhar peso, vômitos, hipoatividade, palidez até infecção generalizada.

– Cistite: quando a infecção envolve a bexiga. Predominam sintomas como dor ao urinar (disúria), vontade forte e incontrolável de urinar (urgência), perda de urina nas roupas (incontinência), micções frequentes (polaciúria), alteração no volume/ coloração/odor urinário, dor suprapúbica e pode ter presença de sangue na urina (hematúria).

– Bacteriúria assintomática: Crescimento de bactérias de baixa virulência no trato urinário, evidenciado em exame laboratorial (urocultura), mas sem causar qualquer sintoma. Excetuando-se as gestantes, em geral há resolução espontânea e o antibiótico não costuma ser recomendado pelo maior risco de pielonefrite por induzir à formação de bactérias mais resistentes.

A partir da presença de sintomas, a realização do exame de urina é fundamental e suficiente para o diagnóstico correto da UTI. A urocultura é essencial para constatar a infecção, mas sua disponibilidade varia de 3 a 5 dias e previamente há dados no exame de urina tipo I que podem ser sugestivos, tais como leucócitos, esterase, nitrito e presença de bactérias.

A coleta em crianças que não tem controle de urina (usam fralda) pode ser feita por saco coletor ou por sonda vesical.

Como é tratar a ITU?

O tratamento com antibiótico deve ser escolhido de acordo com alguns fatores: microrganismos mais comuns da região, faixa etária, aceitação oral da medicação, uso prévio de antibiótico e estado geral do paciente, sendo o resultado da urocultura de grande auxílio para manter ou modificar o tratamento.

Existem situações que requerem internação hospitalar para medicação injetável.

Qual o maior mito sobre a ITU?

A ITU não é contagiosa e não pode ser contraída em banheiros, sendo o risco de segurar a urina muito maior do que ter micção em banheiros públicos.

Dra. Juliana Gomes Matielli I CRM 146323

Nefrologista pediátrica

depoimentos

Confira alguns depoimentos de nossos pacientes

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